Como fazer uma monografia

Os passos para se elaborar uma monografia são apresentados neste texto, de forma sintética, buscando orientar estudantes que têm a missão de redigir um trabalho monográfico.

 

Tema deve ser

delimitado

Veja aqui alguns critérios que podem auxiliá-lo a ter

êxito nesta etapa de

definição da pesquisa.

 

Problema com o

problema?

A formulação do problema é crucial para bom êxito da

pesquisa. Saiba como ela

ocorre.

 

O que é pesquisa? Para que se pesquisa em ciências sociais aplicadas?

 

Artigo explica como apresentar objetivos gerais e específicos do projeto

 

Pesquisa tem que ser relevante; projeto deve indicar sua

importância social e científica

 

domingo, 29 de novembro de 2009

Revisão com metanálise: um exemplo

Para ilustrar o post anterior, sugiro a leitura de uma dissertação de mestrado em Psiquiatria defendida na UFRGS, na qual se procede uma revisão sistemática com metanálise. Reproduzo abaixo o resumo para uma visão geral do texto e disponibilizo o link do estudo integral aqui.

Revisão sistemática e meta-análise do uso de antidepressivos no transtorno de ansiedade generalizada

Autor:  Ricardo Ludwig de Souza Schmitt

Revisão da Literatura: O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é caracterizado por preocupação excessiva, persistente e incontrolável sobre diversos aspectos da vida do paciente. Tem prevalência entre 1,6% e 5,1% e índice de comorbidades de até 90,4%. As principais comorbidades são depressão maior (64%) e distimia (37%). Os antidepressivos podem ser eficazes no tratamento do TAG. A Medicina Baseada em Evidências (MBE) busca reunir a melhor evidência disponível com experiência clínica e conhecimentos de fisiopatologia. A melhor maneira disponível de síntese das evidências é a revisão sistemática e a meta-análise. Objetivos: Investigar a eficácia e tolerabilidade dos antidepressivos no tratamento do TAG através de uma revisão sistemática da literatura e meta-análise. Sumário do artigo científico: A revisão sistemática incluiu ensaios clínicos randomizados e controlados e excluiu estudos não-randomizados, estudos com pacientes com TAG e outro transtorno de eixo I. Os dados foram extraídos por dois revisores independentes e risco relativo, diferença da média ponderada e número necessário para tratamento (NNT) foram calculados. Antidepressivos (imipramina, paroxetina e venlafaxina) foram superiores ao placebo. O NNT calculado foi de 5,5. A evidência disponível sugere que os antidepressivos são superiores ao placebo no tratamento do TAG e bem tolerados pelos pacientes.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Revisões sistemáticas e metanálise

As revisões bibliográficas sistemáticas constituem um capítulo à parte na metodologia. Isto porque, são de grande importância no campo das pesquisas em saúde, mas pouco conhecidas nos outros campos. Por isso, minha resposta à Shirleine requer um tópico especial.
Revisões sistemáticas são "investigações científicas, com métodos pré-planejados e que reúnem estudos originais como sujeitos" (Drummond, Silva, Coutinho 2004: 54). Ou seja, são trabalhos de caráter científico, visando uma melhor conduta clínica, baseados na revisão de estudos primários. Podem buscar sistematizar artigos sobre diagnóstico, prognóstico e risco.
As fontes de um estudo de revisão são, portanto, artigos provenientes de estudos originais disponíveis em um banco de dados (MEDLINE ou EMBASE, p. ex.). Por sistematizarem os resultados de investigações primárias, as revisões sistemáticas constituem estudos integrativos.
As revisões sistemáticas podem ser qualitativas ou quantitativas. As revisões qualitativas são aquelas que sumariam os dados de estudos primários, mas sem a preocupação de combinar os estudos. São também chamadas revisões narrativas (Drummond, Silva, Coutinho 2004: 55).
Já as revisões sistemáticas quantitativas, utilizam métodos estatísticos para combinar os estudos e avaliar seus resultados. Esse tipo de revisão é conhecida como metanálise.
Segundo Eliézer Silva (2004: 54), o autor de uma revisão sistemática segue a seguinte sequência metodológica:
- determina claramente o tema a ser revisado;
- identifica, seleciona e avalia criticamente a qualidade dos estudos primários (constituem estudos clínicos controlados, randomizados e duplo-cego? compara conduta a um padrão-ouro?)
- coleta e sintetiza as informações relevantes quantitativamente (metanálise) ou qualitativamente (narrativa);
- elabora conclusões.
Bem, espero que tenha ajudado com essas observações. Até logo.

SILVA, Eliézer. Como avaliar e interpretar a literatura médica. In: DRUMMOND, José Paulo, SILVA, Eliézer, COUTINHO, Mário. Medicina baseada em evidências. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2004.