Para ilustrar o post anterior, sugiro a leitura de uma dissertação de mestrado em Psiquiatria defendida na UFRGS, na qual se procede uma revisão sistemática com metanálise. Reproduzo abaixo o resumo para uma visão geral do texto e disponibilizo o link do estudo integral aqui.
Revisão sistemática e meta-análise do uso de antidepressivos no transtorno de ansiedade generalizada
Autor: Ricardo Ludwig de Souza Schmitt
Revisão da Literatura: O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é caracterizado por preocupação excessiva, persistente e incontrolável sobre diversos aspectos da vida do paciente. Tem prevalência entre 1,6% e 5,1% e índice de comorbidades de até 90,4%. As principais comorbidades são depressão maior (64%) e distimia (37%). Os antidepressivos podem ser eficazes no tratamento do TAG. A Medicina Baseada em Evidências (MBE) busca reunir a melhor evidência disponível com experiência clínica e conhecimentos de fisiopatologia. A melhor maneira disponível de síntese das evidências é a revisão sistemática e a meta-análise. Objetivos: Investigar a eficácia e tolerabilidade dos antidepressivos no tratamento do TAG através de uma revisão sistemática da literatura e meta-análise. Sumário do artigo científico: A revisão sistemática incluiu ensaios clínicos randomizados e controlados e excluiu estudos não-randomizados, estudos com pacientes com TAG e outro transtorno de eixo I. Os dados foram extraídos por dois revisores independentes e risco relativo, diferença da média ponderada e número necessário para tratamento (NNT) foram calculados. Antidepressivos (imipramina, paroxetina e venlafaxina) foram superiores ao placebo. O NNT calculado foi de 5,5. A evidência disponível sugere que os antidepressivos são superiores ao placebo no tratamento do TAG e bem tolerados pelos pacientes.
2 comentários:
bom dia prof. uma dúvida eu posso esta lendo quantos artigos para compara-los?????????
Prezado Mauro, como vai? É difícil falar de um 'n' a priori. O importante é que a revisão seja o mais completa possível, a começar dos artigos mais recentes, e que possam ser definidas categorias ou variáveis passíveis de comparação. Ou seja, definir critérios dos estudos elegíveis para comparação. Abraço, José Artur
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