Como fazer uma monografia Os passos para se elaborar uma monografia são apresentados neste texto, de forma sintética, buscando orientar estudantes que têm a missão de redigir um trabalho monográfico. | |
Tema deve ser delimitado Veja aqui alguns critérios que podem auxiliá-lo a ter êxito nesta etapa de definição da pesquisa. |
Problema com o problema? A formulação do problema é crucial para bom êxito da pesquisa. Saiba como ela ocorre. |
O que é pesquisa? Para que se pesquisa em ciências sociais aplicadas? |
Artigo explica como apresentar objetivos gerais e específicos do projeto |
Pesquisa tem que ser relevante; projeto deve indicar sua importância social e científica |
terça-feira, 1 de julho de 2008
Planejamento de estudos de caso em Administração
Alunos apresentam temas de estudo de caso
Grupo | Tema | Delineamento |
Jeniffer e Carlos Alberto | Vendedores | objetivos definição de casos coleta de dados |
Eder, Pedro, Thamires, Carlos e Guilherme | Resíduos industriais | Objetivo Analisar os impactos ambientais causados por resíduos sólidos e líquidos lançado no meio ambiente por frigoríficos e como amenizar estes impactos. Definição de casos Frigorífico em Batayporã (MS) Coleta de dados Entrevista com bióloga responsável por frigorífico |
Maycon, Bruno, Paulo, Carlos Henrique, João Rafael | Estudo de crediário | Objetivo Investigar crediário em Supermercado, analisando forma de pagamento, forma de cobranças, cadastro de clientes, prazo e inadimplência Supermercado em Nova Andradina (MS) |
Fernanda e Wesley | Vendas | Objetivo Identificar o modo de atendimento dos vendedores e seu conhecimento em relação ao produto vendido Detectar a satisfação do cliente Definição de caso Empresa comercial do setor de peças localizada em Nova Andradina (MS). O estudo será feito em apenas um caso.A análise feita somente em uma empresa. |
terça-feira, 24 de junho de 2008
O design do estudo de caso
domingo, 1 de junho de 2008
O que é pesquisa? Para que?
Sob este enfoque, podemos trazer aqui a definição de Pedro Demo, para quem "pesquisa é a atividade científica pela qual descobrimos a realidade" (DEMO, 1987, p. 23). Deve-se observar que a realidade a que se refere Demo é a realidade social, alvo de investigação das ciências humanas e sociais, entre as quais as ciências sociais aplicadas, na qual se situam a Administração e as Ciências Contábeis.
Quanto às operações intelectuais envolvidas no processo de investigação, evocamos a definição de Delcio Salomon, que traduz muito bem o que é uma pesquisa e o que nela está envolvido: "Trabalho empreendido metodologicamente, quando surge um problema, para o qual se procura a solução adequada de natureza científica" (SALOMON, 2001, p. 152).
Pesquisa é, portanto, a investigação de um problema (teórico ou empírico) realizada a partir de uma metodologia (que envolve tanto formas de abordagem do problema quanto os procedimentos de coleta de dados), cujos resultados devem ser válidos, embora a provisoriedade seja uma característica do conhecimento científico.
Uma vez definida a pesquisa, precisamos indagar sobre quais as razões de sua realização. Seguindo Richardson, os cientistas sociais pesquisam para: a) resolver problemas sociais; b)formular novas teorias e criar novos conhecimentos; c) testar teorias existentes em um campo científico (RICHARDSON, 1989, p. 16-17).
As razões apontadas valem para quase todas as ciências humanas e sociais, mas ainda devemos elencar quais seriam as exigências de se pesquisar em Administração e Contabilidade. Como bem formula Matias-Pereira, pesquisa-se nestas áreas, entre outros motivos, para "gerar conhecimento sobre o processo de planejamento, organização, acompanhamento e controle que ocorrem em organizações", bem como para "aumentar a eficiência e eficácia" nestas instituições (MATIAS-PEREIRA, 2007, p. 29).
O pesquisador das duas áreas não pode perder o foco, ainda, naquilo que deve motivar toda pesquisa: a melhoria das condições de vida do homem ou, como escreve Matias-Pereira, o "desenvolvimento social".
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Delineamento de pesquisas em Contabilidade e Administração
O que nos interessa é verificar como as pesquisas relacionadas foram elaboradas, quais os procedimentos de coleta de dados e análises foram empregados pelos pesquisadores. O objetivo não é criar um modelo, mas possibilitar um acompanhamento didático dos procedimentos através da abordagem de casos concretos.
Para discussão de estudo de caso, analisaremos o texto Teoria da contingência e contabilidade gerencial: um estudo de caso sobre o processo de mudança na Controladoria do Banco do Brasil; na área de administração, temos o trabalho A administração de caixa em empresas de pequeno porte : estudo de caso no setor hoteleiro de Salvador-BA.
Já para os estudos com enfoque quantitativo, veremos O call center e a fidelização de clientes: um estudo quantitativo no setor bancário de São Paulo.
Como se vê, selecionei estudos qualitativos e quantitativos, visando mostrar os diferentes designs metodológicos possíveis em pesquisa. Não propomos uma dicotomia entre os dois métodos, mas sim mostrar suas diferenças e aplicabilidades no contexto da pesquisa científica em contabilidade e administração.
Boas leituras.
terça-feira, 13 de maio de 2008
O fichamento de leitura

O fichamento é uma técnica de estudo e ferramenta imprescindível de todo pesquisador. Seu nome nos remete para o modo artesanal através do qual a técnica se desenvolveu: da prática de registro de informações em fichas, objetivando a sistematização ou reflexão do conhecimento.
Hoje, com o auxílio da informática, temos ao alcance programas de bancos de dados, que permitem este trabalho e praticamente eliminam o papel no processo de sua formulação. Todas as informações são registradas em fichas digitais. Mas ainda assim, constituem-se fichas e fichamentos...
Uma boa ficha de leitura (independente do suporte, digital ou analógico) serve para sistematizar o conteúdo essencial de uma obra, bem como articulá-lo com nossa reflexão pessoal.
Com sua experiência de pesquisador e escritor, Umberto Eco (1983, p. 96-111) propõe que uma ficha de leitura contenha alguns elementos, como podemos visualizar acima. Os componentes principais são:
- Indicações bibliográficas da obra que está sendo fichada;
- Informações sobre o autor (quando não o conhecemos e necessitamos deste suporte);
- Citações literais de trechos mais importantes da obra (usando aspas nas transcrições);
- Comentários pessoais (quando fizermos nossas observações, é importante deixar claro seu caráter pessoal, diferenciando-as por cores ou usando colchetes para tudo aquilo que for opinião nossa e não do autor).
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Eu odeio metodologia
O título acima é o que você realmente está lendo. Só que a frase "Eu odeio metodologia" não sou eu quem está dizendo. É o título de várias comunidades no Orkut (rede de relacionamentos na Internet) que encontrei enquanto pesquisava sobre redes virtuais.
Movido por uma "curiosidade científica", entrei nas comunidades, buscando tentar compreender aquela manifestação. Em primeiro lugar elas revelam a irreverência estudantil, a livre maneira de se manifestar da juventude, e isto é ótimo.
No entanto, quando lemos os scraps, as mensagens deixadas, verificamos que tudo aquilo que os estudantes odeiam (por exemplo, fazer trabalho e apresentá-lo na frente da classe) não é necessariamente atributo da metodologia, e sim estratégias didáticas que variam de professor para professor e que não são exclusividade da metodologia.
Da mesma forma, observamos que há um apego ao entendimento de que a metodologia consiste em um conjunto inócuo de regras e normas, como se só estas (que são na verdade um capítulo muito pequeno dentro do rico e amplo universo da metodologia) existissem.
Também pude encontrar nestes scraps argumentos mais bizarros, como o de um estudante que disse que "ninguém merece" metodologia já que esta o obriga a dispor dos domingos para fazer trabalhos ao invés de se dedicar ao "laser" (assim mesmo, com "s"). No seu entendimento, a metodologia é "coisa de louco", ou ainda, uma "frescura".
Sei que afirmações como esta partem de alunos inteligentes, mas que infelizmente reproduzem de modo a-crítico um discurso cheio de falácias e pré-concepções. Tal discurso é vivo em ambientes onde não há tradição de pesquisa acadêmica e se pensa que o aluno deve ser preparado apenas para o mercado, como se hoje o próprio mercado não exigisse profissionais com múltiplas habilidades (veja-se, por exemplo, quantos graduados estão hoje em busca de tais qualificações em cursos de especialização e pós-graduação stricto sensu).
Pensei até em reagir, ao ver as comunidades virtuais desancando a metodologia, e formatar outra em resposta, defendendo a mim e a meus colegas que insistimos anos a fio a ensinar a pesquisar: "Eu odeio quem odeia metodologia".
Mas, pensando bem, eu também vou criar uma comunidade no Orkut para aqueles que odeiam metodologia. E na descrição vou relacionar todos os motivos que tornam a metodologia realmente odiosa:
- A metodologia nos obriga a pensar com critério e rigor (e pensar dói);
- A metodologia exige que ampliemos nosso vocabulário e que nos expressemos com clareza (falar axim, nem pensar);
- A metodologia torna complicada nossa vida, pois temos organizar os trabalhos que antes poderíamos fazer de qualquer jeito;
- A metodologia nos obriga ler, gastar horas de nosso tempo na frente de livros enquanto poderíamos estar na balada e nos churras;
- A metodologia quer nos emancipar da dependência intelectual, tornando-nos investigadores e não meros reprodutores de conhecimento, escravos das idéias alheias;
Por todas estas razões, "odiadores" de metodologia de todo o mundo, uni-vos.