Como fazer uma monografia

Os passos para se elaborar uma monografia são apresentados neste texto, de forma sintética, buscando orientar estudantes que têm a missão de redigir um trabalho monográfico.

 

Tema deve ser

delimitado

Veja aqui alguns critérios que podem auxiliá-lo a ter

êxito nesta etapa de

definição da pesquisa.

 

Problema com o

problema?

A formulação do problema é crucial para bom êxito da

pesquisa. Saiba como ela

ocorre.

 

O que é pesquisa? Para que se pesquisa em ciências sociais aplicadas?

 

Artigo explica como apresentar objetivos gerais e específicos do projeto

 

Pesquisa tem que ser relevante; projeto deve indicar sua

importância social e científica

 

terça-feira, 28 de abril de 2009

Conhecimento científico e conhecimento popular

Quando tratam dos diferentes tipos de conhecimento, os manuais de metodologia, ciência ou filosofia geralmente opõem o conhecimento científico às formas de conhecimento popular, numa dicotomia aparentemente insuperável.
Há justificáveis razões para isso, afinal o conhecimento científico é sistemático, factual e aproximadamente exato, enquanto o saber popular é qualificado como subjetivo, assistemático, valorativo e inexato.
A ruptura entre conhecimento popular e científico (ou erudito e popular) em nossa cultura é uma herança da revolução científica no Ocidente, desde Copérnico, passando pelo pensamento inaugurador da modernidade, o Iluminismo. Mesmo na pós-modernidade, quando se relativizam as certezas e a própria noção de verdade, a ciência não perde seu papel central na cultura, atestando o saber que pode ser reconhecido como válido ou legítimo.
No entanto, embora possamos apontar diferenças entre as duas formas de saber, é preciso reconhecer que o primado do científico em detrimento do popular é produto de um auto-centrismo cultural, que invalida todo saber produzido fora dos ambientes legítimos.
Dois exemplos, em dois ambientes diferentes: a sala de aula e o consultório médico. No consultório, frequentemente se percebe o embate entre os saberes populares (trazidos pelo paciente, sobretudo de camadas menos abastadas da sociedade, com suas etiologias e receitas próprias para cura) e científico (materializado pelo médico, detentor de um conhecimento legítimo que o autoriza a diagnosticar e tratar). Na sala de aula, o professor também é detentor de um conhecimento legítimo (domina um código particular, a linguagem escrita, e também formas de saber-fazer) que se confronta com o saber do aluno, oriundo de sua própria experiência, visão de mundo e cultura.
Felizmente, hoje, as diversas áreas "canônicas" de saber (como educação e saúde) têm procurado reintegrar os saberes populares, vendo-os como diferentes, mas não necessariamente opostos. A área farmacêutica tem aprendido muito, para dar um exemplo, com os conhecimentos tradicionais dos povos ameríndios. Da mesma forma, a educação tem ampliado seu olhar para incorporar o diferente e perceber que não há uma só "metodologia" possível.

8 comentários:

Anônimo disse...

Como ocorre essa incorporação do conhecimento empírico , o popular , nessas áreas ditas "Canônicas" , pricipalmente nas áreas de saúde, especificamente na relação médico-paciente?

José Artur Teixeira Gonçalves disse...

Olá, a questão é muito boa. Dê uma olhada no artigo "O uso das plantas medicinais sob
prescrição médica: pontos de diálogo e
controvérsias com o uso popular", cujo resumo coloco na sequência: "As plantas medicinais têm sido utilizadas sob os
critérios dos conhecimentos popular e científico em diferentes
contextos terapêuticos. O conhecimento científico algumas
vezes tem entrado em conflito com o conhecimento popular,
porém, em outras ocasiões tem havido uma busca de diálogo
entre ambos. Foram analisadas as falas de participantes de três
eventos técnico-científicos sobre plantas medicinais no ano de
1999 no estado do Paraná. Observamos que nesses eventos,
houve uma busca de diálogo entre os representantes dos
conhecimentos popular e científico, na busca da construção de
um conhecimento que viabilize o uso das plantas medicinais de
uma forma segura pela população."
[disponível em: http://www.sbfgnosia.org.br/admin/pages/revista/artigo/arquivos/356-2002_89_91.pdf] Penso que este é um dos caminhos para o diálogo. Um abraço.

José Artur Teixeira Gonçalves disse...

Olha só que pérola esta pesquisa: A PARTICIPAÇÃO DAS REZADEIRAS NOS PROJETOS DE SAÚDE COMUNITÁRIA NO ESTADO DA PARAÍBA Resumo: "Este artigo tem por objetivo mostrar a forma como a Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba está incluindo as rezadeiras no processo de divulgação das atividades voltadas para os segmentos comunitários. No passado, as benzedeiras eram vistas de forma preconceituosa principalmente pelos segmentos mais intelectualizados da sociedade. A população pobre, por sua vez, sempre confiou e acreditou nas bênçãos, orações e preces feitas pelas rezadeiras.

Através de campanhas institucionais na área de saúde, as benzedeiras começam a ocupar um novo espaço na sociedade. Estão assumindo a condição de mediadoras no processo educativo para auxiliar agentes comunitários e técnicos da área de saúde a divulgarem a importância da medicina tradicional no processo de cura das doenças dos habitantes das comunidades paraibanas. O saber popular / local está sendo colocado a serviço das orientações, aconselhamentos e divulgação das funções da medicina tradicional. Através de manifestações lúdicas da cultura popular (cantigas de roda e de ninar, teatro de bonecos e de rua) da religiosidade do povo transmitida através das rezadeiras, os responsáveis pelo Núcleo de Educação e Saúde estão encontrando nas identidades culturais do próprio povo, novas possibilidades de interação junto aos segmentos comunitários da região." http://www.projetoradix.com.br/arq_artigo/VII_26.htm

Ana Maria de Almeida disse...

Meu amigo professor, amei seu blog leio todos os seus textos, e tenho orgulho em dizer, que fui sua colega de trabalho. Beijos no coração e sucesso grande mestre.
Professora Ana Maria

Ana Maria de Almeida disse...

Meu amigo professor, amei seu blog leio todos os seus textos, e tenho orgulho em dizer, que fui sua colega de trabalho. Beijos no coração e sucesso grande mestre.
Professora Ana Maria

Bruna Albuquerque disse...

Gostei muito do seu blog, vai me ajudar e muito com os trabalhos da universidade.


Estou seguindo!

Gabriele disse...

Bom dia!
Encontrei seu blog e adorei, queria que você, se possível, me ajudasse em uma questão que tem haer com conhecimento;
A partir desse vídeo ( "o mito da caverna") http://www.praticadapesquisa.com.br/2012/02/video-o-mito-da-caverna.html
Produzir um texto que englobe o conceito de Conhecimento que concerne á situação apresentada no vídeo.

Tem haver com o senso comum, não é? Queria ter uma base de como produzir o seguinte texto,
ficarei super agradecida.. Obrigada desde já!

Anônimo disse...

Bom dia!
Encontrei seu blog e adorei, queria que você, se possível, me ajudasse em uma questão que tem haer com conhecimento;
A partir desse vídeo ( "o mito da caverna") http://www.praticadapesquisa.com.br/2012/02/video-o-mito-da-caverna.html
Produzir um texto que englobe o conceito de Conhecimento que concerne á situação apresentada no vídeo.

Tem haver com o senso comum, não é? Queria ter uma base de como produzir o seguinte texto,
ficarei super agradecida.. Obrigada desde já!